sábado, 31 de julho de 2010

Manual do aluno: bom de prova e gatuno! [2+3]

#2 - Ponha uma coisa na sua cabeça: fim de semana não é lugar de estudo.

Não não, sem discussão! Já briguei com amigos por isso: fim de semana é FOLGA. Se você é do tipo que guarda o final de semana para a realização de trabalhos, você deve ser o mesmo tipo de pessoa que vive reclamando do quanto sua vida é difícil.

A questão aqui é que, se você deixa suas coisas para fazer no fim de semana, você perde oportunidade para botar as idéias no lugar e se divertir, então, sinceramente, na sexta, sábado e, as vezes, domingo, evite ao máximo sequer lembrar que você estuda; você vai ficar mais relaxado(a) e vai se sentir mais "de boa" para enfrentar a nova semana que está por vir; aliás, só para reforçar:

Porque diabos você não faz suas obrigações durante a semana? Quero dizer, você já está com o estopim aceso, para quê esperar ele apagar para começar a trabalhar?

Não diga que sua vida é complicada só porque você não tem organização com suas obrigações e, por isso, vive trabalhando; ninguém gosta de nhenhenhém dos outros; pode parecer que não, mas os problemas dos seus amigos são muito mais importantes para eles que os seus, o que me leva ao 3º passo, que é quase que fora do tema:


#3 - Não, nunca, em hipótese alguma, use os amigos de bode expiatório para seus problemas.

E essa não vale só para a escola não, meu(a) caro(a).

Ok, falar com eles sobre um problema que você tem, o que está te abatendo, é necessário! Mas hei, tenha uma coisa em mente: não, contar suas encrencas amorosas, doenças e vida escolar estressante não contribui para seu amigo te amar mais; essa carga é sua, meu bem; aos amigos resguarda-se apenas o necessário. Faça isso e não será taxado de vampiro energético, é uma dica importante: saber medir o tempo que você passa contando seus compromissos para os outros.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Manual do aluno: bom de prova e gatuno! [1]

A vida escolar (ou acadêmica) atrapalha, isso é um fato; as vezes eu me perguntava o porque de termos que estudar; a resposta óbvia é "para aprender!"; ok, sei disso, aprender é importante, wiska sachê. A questão é:

Porque a obrigação de aprender, no sentido de que a sociedade passou a exigir o aprendizado?

A resposta me veio assim, de graça, durante uma aula de História e Filosofia da Ciência:

O bicho-homem, de tão safado, percebeu que a natureza não ia deixar ele viver por muito tempo, então desenvolveu sua única habilidade: moldá-la aos seus padrões. O que ocorre é que o ser humano fez isso com tanta intensidade, que hoje em dia os jovens se vêem tendo de sacrificar trinta anos de sua vida aprendendo a viver no mundo humano; estranho, não?

E é com esse pensamento magnífico e simplista que eu vou falar sobre "como eu sobrevivo na faculdade"; trata-se de uma sequência de 10 posts, cada um com um ponto crucial no desenvolvimento de um bom aluno sem que esse sacrifique em nada seu modo de vida; afinal, sou jovem e não quero muito mais do que me divertir. Vai o primeiro, então:


#1 - Não sofra por antecipação;

Esse negócio de ficar sofrendo por um trabalho meses antes da data de entrega só vai te fazer criar rugas, e ninguém gosta de rugas. Esse passo é óbvio, mas um salvaguarda para os esquentadinhos de plantão: reclamar porque não quer fazer o trabalho ou porque está nervoso com a apresentação de um seminário é permitido!

De forma que, sim, você pode xingar o professor (apesar de não ser algo muito gentil...), só não pode é consumir suas endorfinas em detrimento de um compromisso que, inadiavelmente, vai ocorrer e que você pode, sim, estar preparado para ele!

terça-feira, 27 de julho de 2010

E essa vai para O RIM do chamado "humor brasileiro"

Escala de Gordon Allport; em azul, comentários meus.



Nível 1 - Antilocução
Antilocução significa um grupo majoritário fazendo piadas abertamente sobre um grupo minoritário
Como que amigos em um bar; uma Zorra Total da vida, entendem?

Nível 2 - Esquiva
O contato com as pessoas do grupo minoritário passa a ser ativamente evitado pelos membros do grupo majoritário. 
Como gente que pensa que vai virar gay se for amigo de gays ou que vai virar ladrão por conhecer ciganos, sabe?

Nível 3 - Discriminação
O grupo minoritário é discriminado, negando-lhe oportunidades e serviços e acrescentando preconceito à ação
E depois ainda dizem que os grupos minoritários são formados por vadios, gente sem escolaridade, que são abominações...

Nível 4 - Ataque Físico
O grupo majoritário vandaliza as coisas do grupo minoritário, queimam propriedades e desempenham ataques violentos contra indivíduos e grupos. 
A essa altura, algumas pessoas com pseudosenso de direitos humanos (mais inteligentes que a massa em geral), critica os agressores. "Os neonazistas deviam ser todos presos!"; concordo, mas não pelos mesmos motivos que você, eu vejo além; vejo que ninguém nasce neonazista, entende?
Hm... Se você for AINDA mais inteligente que os pseudodefensores dos direitos humanos, ou se você for um deles, deve estar começando a entender a dimensão do problema.

Nível 5 - Extermínio
O grupo majoritário busca a exterminação do grupo minoritário.
Eugenia, pura e simplesmente.

Você, caro leitor, entende agora o porque você contribui para a marginalização das minorias? A maioria das pessoas passam por todas essas fases, esses níveis, de preconceito contra quaisquer minorias, mas o fazem por falta de informação (são os chamados ignorantes, que ignoram a informação óbvia mesmo quando ela lhe é fornecida; são a maioria, não se engane). Há ainda as pessoas um pouco mais inteligentes, que se rebelam contra os níveis 4 e 5 (alguns tangem o 3), engraçado, no entanto, é notar que essas mesmas pessoas costumam defender o humor escrachado, o humor "brasileiro" e, pior, chegam a defender o nível 2.

Ah, você ainda não entendeu o que Gordon Allport fez? Simples: ele desenhou para você, ele desenhou para que você entenda que VOCÊ também é um agente do preconceito. Vai se policiar, agora? Espero que sim.

É isso que diferencia você de um ignorante ou uma pessoa-que-pensa-não-ser-ignorante-mas-que-na-verdade-É! Entendam, não existe ditadura ou totalitarismo de minorias, mas sim, uma ignorância imensa das maiorias, que insistem em não perceber que tudo o que fazem "de inocente" tem um preço alto a ser pago no futuro, é sim, uma bola de neve; então que não dêem o primeiro empurrão. Precisa de um exemplo? Bem:

Panacas como Danilo Gentili costumam se esconder por detrás de uma pseudoliberdade de expressão para fazer seu humor "politicamente incorreto"; as pessoas realmente não sabem o que significa "liberdade de expressão"; então eu explico: significa poder de se expressar livremente desde que não fira o direito das outras pessoas; no caso, se você é um formador de opinião, se expressar contra um assunto pode configurar crime premeditado, já que você está incitando o crescimento da escala Allport (lembram do nivel 1?); trocando em miúdos: sua piadinha inocente está ajudando a crescer o nível de preconceito e, como vivemos em uma sociedade heteronormativa, patriarcal, burguesa, de descendência européia e com propensão ao não-freamento de condutas discriminatórias, você pode sim, estar matando alguma pessoa em algum lugar do Brasil.

Radical? Sim, pois é de vidas que estamos falando.

Pense, mas pense mesmo; eu nem comecei a falar sobre o assunto e você já deve estar querendo me calar ou discordar dos meus argumentos, julgando-os levianos. Acredite, eu ainda nem comecei a desmascarar a sociedade e seus preconceitos.

domingo, 25 de julho de 2010

Obscuridade e neovitorianismos

Esse post é meramente imaginativo, e como todo post assim, vai soar com estranheza aos ouvidos de muitos; se quiser arriscar, que comece a ler. Antes de tudo, gostaria de dizer que esse texto nada conclusivo - sequer informativo - foi motivado pela minha recente volta a antigos gostos; antigas músicas, antigos artistas; um mais deliciosamente fascinante que o outro; se tudo der certo, falo sobre algum deles no próximo post.


Falando sobre o que é "vitoriano", basta que se saiba que é tudo aquilo que compreende o período em que a Rainha Vitória esteve no comando do Reino Unido, entre os séculos XVIII e XIX. Período conhecido pela exuberância voltada a vaidade e ao luxo; a época em que a etiqueta européia alcançou um nível gritante e insuportável a ponto de pôr a loucura qualquer um e, também, uma das eras da história cuja estética é perpetuada - embora que em releituras modernas - até hoje. Há certamente uma postagem sobre essa era em meu baú particular de posts ainda não utilizados, então a calma se faz necessária. Agora, quanto ao assunto:

Quando eu falo sobre "obscuridade", estou em verdade me referindo a estética artística denominada neo-vitoriana - geralmente representada mais ativamente pela tribo gótica. Sim, eu amo essa forma de expressão; para mim, o modo mais puro. Mas porque o amor por algo tão marginal?

Eu gosto de culturas que permeiam o óbvio, mantendo-se longe dele; é assim que me apaixono: com base na diferença, do mais singelo gesto à mais apurada discussão sobre o que é ou deixa de ser "arte". Amo a controvérsia e tudo que ela carrega consigo; a transgressão, a liberdade (que, sim, é muito mais próxima da libertinagem do que pode supor a classe média de descendência européia).

Amo o agressivo, gosto dos gritos, das vozes distorcidas e da batida mecânica do rock industrial; gosto da interferência de elementos clássicos em músicas escabrosas; amo esse suspiro, esse modo destruidor de gritar para o mundo o quanto somos sensíveis e gentis, elegantes e bem resolvidos.

Ora, mês passado eu soube que iria acontecer um picnic vitoriano em Florianópolis; pensei seriamente em ir, mas agora, por mera negligência minha, está em cima da hora demais (ao que parece, o pessoal teve de apressar os preparativos para não perder o frio do inverno!). Como posso arranjar uns coletes? Relógios de bolso? Sobrecasacas? Luvas? Sapatos? Não, agora é tarde para pintar meu rosto de branco e meus olhos de bege; minhas falsas olheiras terão de esperar uma próxima vez; tal como minha postura aristocrática e toda a parafernália interpretativa que inclui ser um personagem neo-vitoriano.

Um alter-ego? Não. Muitos não entendem, mas não existe alter-ego neovitoriano; o personagem é, em verdade, o que usamos no mundo comum; o que realmente somos é sim, nosso Elegante, Gótico e Aristocrata Senhor (ou senhora, ou ambos).

Não vou ditar o que um aristocrata precisa ser, isso cada um carrega consigo, mas uma coisa que a maioria de nós partilha é o amor pelas trevas, pelos semblantes que, de tão brancos, são impossíveis, doentios, desumanos e, exatamente por isso, tão belos. Meu amor por esse aspecto cresceu comigo, embora eu me renegasse a tê-lo até alguns anos atrás; sim, eu me lembro o quanto eu gostava de vitorianismos desde criança; sei de uma fase minha em que, quando infante, saí por Orleans procurando por algo parecido com uma cartola; queria uma bengala também, sempre tão elegante! E luvas de couro, o que mais uma criança em processo de autodescobrimento aristocrático poderia querer? Sinto necessidade constante de me sobrepor, mas não da forma afável.

Sim, amigo(a); sou um daqueles loucos apaixonados, entregues, prontos, que amam a sublimidade arrepiante, que vê a mais sincera beleza em uma rosa negra, que se realiza ao vestir uma sobrecasaca ou um espartilho (masculino ou feminino, tanto faz, gênero é algo para personagens sociais, não para nós!). Somos tudo! Os mais incoerentes, os mais belos! Carregando consigo todo o peso da elegância e da nobreza mais vibrante de uma época que se foi, com a versatilidade e vontade de viver dos tempos modernos. Somos sim, gritamos, falamos, gargalhamos, sempre com a postura ereta e com a certeza de que, ao menos por alguns instantes, poderemos deixar todo o resto para trás, ironicamente, relembrando o passado.

Sim, somos jovens - ou nem tanto, a cabeça é uma verdadeira anciã, libertária, mas anciã - e mergulhados na escuridão; lá dentro, na treva, podemos ver absolutamente tudo o que está iluminado ao nosso redor. Me parece tão piegas falar desses temas, quase infantil; mas entenda, minha admiração é tal que, nem com palavras, consigo expressar; no fim, sou só um péssimo escritor com uma mente muito estranha; só. E de tão estranha é a minha mente, ela chegou a ousar ser verdadeira, veja só!


    "[...] E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
    No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
    Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
    E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
    Libertar-se-á... nunca mais!"
    TRECHO TRADUZIDO DE "The Raven", ORIGINALMENTE ESCRITO POR EDGARD ALLAN POE

sábado, 24 de julho de 2010

Pokerholic - o vício que eu quase consegui ter


Ocorre que sempre foi um desejo bastante íntimo de minha parte querer aprender a jogar poker; não se trata tão somente de um jogo com toda uma simbologia envolvida, mas também se entrelaça com um certo status que, embora não tão puro, é operante. Penso que provavelmente tenha algo a ver com aquela velha história já citada por mim: boemia.

Ok, o que o poker tem a ver com boemia? Absolutamente tudo! Ora, se há poker, certamente há ao menos um sujeito maltrapilho, ao menos cinco garrafas vazias de uma bebida qualquer e, claro, a usual nuvem de fumaça nicotínica que abraça a todos sob o manto da transgressão autodestrutiva. Oh, parece estranho falar em autodestrução, correto? No meu modo de ver, autodestruição está muito mais ligada, por exemplo, a se domar aos valores socialmente óbvios do que, de fato, ser adepto de alguma cultura extrema. Não pense, porém, que sou adepto ou que gosto de drogas, bebida, cigarro e coisa pior: os odeio, eles simplesmente não combinam comigo; mas há quem goste.

Penso que vícios devem ser administrados de uma forma mais elegante possível. E por elegância, já dizia Paul Válery, lê-se "a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir". Entende? Por exemplo, Chacrinha, até onde se conta, era um grandessíssimo viciado em drogas, mas nem por isso se deixou consumir a tal ponto que os outros que o queriam bem pedissem que parasse.




Bem, deixamos os -holics da vida para outra postagem, já que o assunto rende bastante. Aqui é sobre poker!

Como eu dizia, sempre quis aprender a jogar poker, e, confesso, ultimamente tenho tentado gravar as regras, me familiarizar com as jogadas; não deu certo, absolutamente.

Porque eu simplesmente não consigo aprender as regras? Porque sou neurótico, óbvio. Fico tanto tempo pensando no possível blefe que o jogo exige, que termino blefando para mim mesmo que já consegui gravar uma ou duas jogadas; mentira pura. Engraçado que só consigo blefar para mim mesmo.

Já me viram mentir? Bem, é patético, eu simplesmente fico vermelho na primeira palavra! Sabe, existem estratégias que o cérebro masculino e feminino costumam adotar para mentir; os homens normalmente se embasbacam totalmente, inventem coisa demais. Mentira de homem:

Amor, onde você estava até essa hora da noite??
Oh querida, você não vai acreditar! Eu estava voltando para casa quando apareceu um porco voador e eu o segui até Chicago; quando notei, havia sido sequestrado pela máfia italiana dos porcos salames fritos voadores e fui deportado para o Brasil novamente só para ter que salvar trezentos e setenta e sete crianças de um abrigo em chamas!
Ah sim, claro, e a marca de batom na camisa é por...?
Hã... porcas gostam de batom? *sorriso de orelha a orelha*

Oh, se você é mulher deve estar se deliciando com o frágil senso de blefe de nós, pobres homens; eis que vocês definitivamente não são menos patéticas; mulheres ao mentir sempre, reforço o "sempre", fingem que estão ocupadas:

Amor, porque você chegou tão tarde ontem a noite?
*finge que não ouviu e se senta na mesa de jantar, carregando uma pilha de papéis qualquer consigo* hã?
Onde você foi ontem a noite?  ¬¬
Ah, eeeeu... *começa a fingir que está procurando algo entre os papéis* eu saí! Satisfeito?
E porque o perfume masculino que não é meu na sua blusa? ¬¬
Ai, isso? Isso é que *empilha os papéis* AH VÁ, NÃO TÁ VENDO QUE EU TÔ OCUPADA, MIMIMIMIMI *roda a baiana e se coloca como vítima*

Não não, isso não é guerra dos sexos, é só para ilustrar meu magnífico método de blefe, que envolve o exagero infantilóide masculino aliado à fingida desatenção e, seguidamente, o barraco das mulheres. E tudo isso para dizer: eu sou biologicamente proibido de jogar poker, do contrário, algumas mesas iriam voar no processo. Pokerholic, isso eu não sou! E isso é bom? Sei lá!


Só isso? É... Pra evitar a fadiga! rsrs

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sobre Pérolas e Homens

Esse post é pessoal, eu sei, mas agora tudo o que é pessoal pertence a essa página.


Vim agradecer publicamente uma amiga; Ana Karine. Agradeço não só porque todos os dias me brilhanteia com sua presença, mas também por suas famigeradas pérolas, afinal, como esquecer de uma pessoa que, do nada, dispara a seguinte frase:

Ora, mas a maçã do Crepúsculo não deixa de ser uma frutose!

Realmente, era uma frutose.

E que tal:

Age que nem homem, rapaz!

Isso só porque eu não queria ir até a cantina com ela! Mas tem mais; volta e meia ela se vira para você, e com aquela carinha-de-quem-está-gostando-demais, manda a ver:

'Bora comer rosca?

Como, me diga, COMO não gostar de uma pessoa tão encantadora? Eis que suas pérolas, por ironia do destino, terminaram sendo um grande laço para nós. Aquelas pérolas, que não precisam ser verdadeiras, mas vá, tem um significado magnífico! Pois cá está a história:

Estávamos eu, Ana Karine e Victor Hugo em Curitiba (uma viagem desastrosa em quase todos os sentidos! rsrs); eu entro no banheiro do quarto e, quando saio, me deparo com Ana me olhando com aqueles olhinhos tão desgraçados, que fazem agente querer agradar ela! Eu perguntei "Onde foi o Victor?" e a resposta foi típica: "ah, saiu!"

"Hm... Onde o demônio foi?"
"Não sei, estou com fome!"
"Ah, então vamos buscar alguma coisa pra comer!"
"Onde, traste?  ¬¬"
"Sei lá, mulher! 'Bora lá!"

E lá fomos nós, e da-lhe chuva naquela noite fria em Curitiba! No fim, encontramos um posto de gasolina e gastamos um porrada de grana lá. Como brinde, ganhamos um rinoceronte de pelúcia, o qual Ana chamou de Biscoito (referência ao pacote de biscoito de 7 reais que eu comprei, mas que perdi no meio do caminho porque a porcaria da sacola estava furada! rsrs).

Encurtando a história, tempos depois eu anunciei de forma definitiva que talvez (e provavelmente) sairia do curso de Biologia; foram tempos difíceis e todos na época se provaram ser tão ou mais dramaqueens que eu! Bem, então Ana certo dia me disse que se fosse mesmo o caso de eu sair do curso, que levasse o Biscoito comigo; eu não gostei muito da idéia pois, embora significasse muito aquele ato, Biscoito tinha sido um presente... Deixei o assunto morrer. Semanas depois, Ana aparece com suas pulseiras de pérolas e, gentilmente, tira uma das pulseiras (a de pérolas negras) e me entrega, dizendo que ela ficaria com o Biscoito, mas eu teria de usar as pérolas.

Eu, claro, adorei! Pois pérolas falam sobre nós; pessoas comuns que, com o tratamento certo, viram jóias raras!

Deveras safadinho esse destino! Já que em toda a minha adolescência eu busquei algo pelo qual me destacar da multidão; vocês sabem, uma "marca pessoal"; não saberia eu que essa marca seria dada por uma amiga! Afinal, quantos homens usam pulseiras de pérolas?

HeBop todo trabalhado na cara de c* e na barba feia que não fez ainda por preguiça  =P

quinta-feira, 22 de julho de 2010

XOXOXOXO SARAVÁ!

Vou contar para você do segredinho do meu inegável sucesso (sim, vou me iludir a esse ponto  rsrs)

Ok, sem brincadeiras agora! Hã... Pensando bem, com brincadeiras, por favor - já que o assunto deste post é uma completa piada. Vim falar de um site muito bacana que conheço faz algum tempo: o magnífico Macumba Online!
Clique na imagem para ir até o site.
Ok ok, ria, pode rir, é esse mesmo o ponto. Esse site tem como único objetivo a criação de macumbas cibernéticas pessoais para os mais diversos fins; a gama de macumbas vai desde uma inocente "emagrecer" ou "ficar bonito(a)" até umas bastante trágicas, como "amaldiçoar" ou "fazer contrair lepra"; para criar uma macumba você precisa de uma conta no site (que é gratuito) e, no processo de criação do trabalho, existem algumas opções bem perversas como a opção de "tornar a macumba particular" de modo que ninguém saiba o motivo pelo qual você está operando  rsrs.

Uma vez que você tenha sua quizumba montada, ela aparecerá para você com várias informações (que também aparecerão a qualquer outro, basta que você selecione a opção de "tornar a macumba pública" em sua criação). A sua intenção maléfica (ou nem tanto) terá níveis, começando no nível 1; aí é que mora o grande lance do site: você terá de angariar votos para que sua macumba evolua de nível e, claro, de potência! HOHOHO

Aliás, se você estiver registrado, poderá "chutar" a macumba alheia, o que é sempre um processo perversamente divertido. O voto para ajudar o trabalho alheio é chamado de "fortalecer a macumba"; eu sou suspeito para falar, mas sempre caio no riso toda vez que leio essas expressões de voto  rsrs.

É um site bastante divertido, dá para rir com os amigos e, mais que isso, ele é dotado de um humor negro persistente, constante e absoluto; para se ter idéia, a área "simpatias" do site está em construção desde que ele foi lançado (e já deve fazer alguns anos!); entenderam o lance da coisa? Afinal, quem vai querer fazer uma simpatia quando pode muito bem, sei lá, fazer seu chefe engordar? rsrs

Pois bem, cidadãos(ãs), que tal botar vossos sapos e agulhas para funcionar, mesmo que de brincadeira?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Quero o Thor para mim!

Me apaixonei, quero que ele fique em casa, ele é um docinho, preguiçoso, quietinho, me adora. Quero ele! Não interessa o quanto cresça, vou convencer meu pai a não leva-lo para o sítio!

Para isso vou usar artilharia pesada: botei uma foto dele na área de trabalho de todos os computadores da casa; será que alguém consegue resistir?

Oh, quem é Thor? Esse aqui:


Hei! Não se distraia com o Thor, eu sei que ele é irresistível, mas tem um post super dançante aqui em baixo! =D

Sylvester me ensinou a ser Disco

Eu estou a basicamente uma hora olhando para essa página em branco e simplesmente não sei o que escrever; o título está ali, a idéia está na cabeça, mas como por em palavras uma admiração tão absoluta sem parece que estou catequizando o leitor? Por outro lado, catequese não é necessária, pois atire a primeira pedra quem nunca dançou ao menos uma música de Sylvester.


Sylvester James, negro, gay, afetadíssimo, foi pobre e contraiu AIDS ao fim da vida. Um dos maiores nomes da disco music.

Repare que eu não usei o "mas" ao falar de Sylvester, coisa que teria acontecido com muita gente; não o fiz porque tenho respeito na cabeça e sei que ser negro, gay, afetado, pobre ou aidético jamais precisará de algum tipo de compensação para que se anule alguma dessas características, já que nenhuma delas é, em absoluto, um defeito, mas uma nuance de um ser. Ou estaria você sugerindo que o vírus da AIDS só infecta quem o almeja? Ou ainda que as pessoas "viram" gays? Que alguém nasce pobre porque quer, que pobre não pode ser feliz? Que os trejeitos de uma pessoa medem seu caráter ou representam depreciatividade, quaisquer que seja?

Pois bem, sei que as respostas foram negativas pois sei que estou tratando com humanos de calibre; aliás, uma nota rápida: é deplorável que tenha de haver essa diferenciação entre "gente burra" e "gente com cabeça", mas há, e isso sim, é passível de preconceito, pois ignorância é facilmente tratável (com boa vontade e leitura) salvo raríssimas excessões de falta de oportunidade (a esses não devemos destinar pena, mas ajuda).

Tudo bem, essa introdução toda me aqueceu o cérebro, agora, foco: Nascido em 6 de setembro de 1947, Sylvester James viveu em condições precárias no início de sua vida, vindo de uma família simples, foi incentivado a cantar por sua avó, que era cantora de jazz. Como a grande maioria dos rapazes gays da época, ele enfrentou uma adolescência conturbada, não da parte dele, mas da parte dos pais (como ainda é costume hoje); dada certa ocasião, Sylvester fugiu de casa - aos 16 anos - e se mudou para San Francisco.

"Minha vida começou quando fui para San Francisco" - Sylvester

Sua carreira realmente começou a ter significado quando se juntou ao grupo de drag queens The Coquettes (que influenciaram o famigerado grupo brasileiro "Dzi Croquettes", tema sobre o qual Zeca Camargo desenvolve lindamente). O tempo que separa Sylvester do verdadeiro sucesso aconteceu depois do fim do grupo Coquettes, quando ele enfrentou uma série de tentativas, algumas parcialmente bem sucedidas, se assinar com uma grande gravadora. Finalmente, em 1977, Sylvester assinou com a gravadora Fantasy Records, mas foi só no segundo álbum de Sylvester emplacou de vez como um dos maiores nomes da disco music.

Disco's Queen, assim era chamado.


Ora, a essa altura você já deve (ou deveria) estar se coçando para ouvir uma música dele, correto? Eis o problema: você ouviu uma música dele; não só ouviu, como esgotou seus ouvidos de tanto ouvir e, tenho certeza, até remexeu seus quadris ao som dela. Sim, Sylvester teve muitos sucessos, mas nada, nada superou seu grande orgulho, uma música que até hoje é obrigatória em qualquer festa que se preze; uma que, em minha singela opinião, compacta todo e completamente o universo disco em meros 5 minutos.

Sylvester me ensinou a ser Disco, ele me mostrou nuances de uma geração maravilhosa, transgressora no mais puro sentido da palavra; uma geração, tão contrária à nossa, sem medo. Uma geração que pintava seus rostos e saía para a rua protestar e, na noite seguinte, montava em suas plataformas e se acabava nas boates. Uma geração que não se preocupava com números de parceiros em uma única noite, mas com o ritmo da música que os embalava e, claro, poderia conduzir a momentos a dois (mas isso era detalhe). Globos de vidro já não significam nada, já que não somos mais capazes de nos olharmos no espelho.

Oh sim, você quer ouvir Sylvester denovo, correto? Pois aproveite, com a promessa de que jamais esquecerá o nome de quem ele foi, pois poucos conhecem o dono deste diamante musical: You Make me Feel Mighty Real - Sylvester James.



Opa, não satisfaz, correto? Que tal mais dois sucessos, para dançar mesmo, na frente do pc, como um bom amante da Disco? rsrs

Dance (Disco Heat)
Do You Wanna Funk

terça-feira, 20 de julho de 2010

Em tempo:

Simplesmente não consigo parar de ouvir!


Mulheres que lêem mãos

O presente post é um delírio dos mais antigos e mais incoerentes que já tive; no que se refere à idéia geral, é tudo muito subjetivo, ou você entende ou não; de qualquer forma, não pretendo me aprofundar no assunto; basta que saiba que a motivação para escrever sobre o assunto partiu de uma aclamada leitura minha: o mangá xxxHolic; mais precisamente, sua personagem principal, Yuuko (imagem ao lado). Algumas coisas só podem ser entendidas em sua plenitude quando você se entrega ao assunto, mas como disse, são só confabulações quase inocentes sobre um tema terrível; aproveite o que puder, se quiser.

Ao pensar em mulheres que lêem mãos, naturalmente, você ligará o assunto a dois ramos específicos do misticismo, coisa que acontece pois somos uma geração bastante estereotipada mitologicamente - mas vá, faz parte do nosso show - e, tanto ciganas como bruxas nos são conceitos bastante batidos, embora o primeiro ainda tenha uma certa pureza, sendo o segundo impregnado de Harry Potterismos; aliás, por falar em JK. Rowling, quando lembro da saga bruxolesca, me vem apenas cinco coisas à cabeça:

  • "Caraminholas na cabeça, Sr. Potter?"
  • "... Deixe que durma, pois nos sonhos entramos em um mundo inteiramente nosso; deixe que ele mergulhe no mais profundo oceano ou flutue na mais alta nuvem..."
  • "Tempos difíceis estão por vir, tempos em que teremos que saber distinguir o que é bom e o que é fácil..."
  • "Para uma mente bem estruturada, a morte é apenas o começo da aventura seguinte..."
  • "Oh, que pena... Cera de ouvido!"

O motivo de eu ter grifado essas frases foi meramente filosófico, eu simplesmente não podia deixar de pontuá-las. Talvez você perceba o que há de interessante nelas ao chegar no fim do texto.

Voltando ao ponto, as ciganas, donas dos famintos olhos oblíquos e dissimulados, quase sempre verdes - mas por vezes mais negros que a mais profunda treva - esmeraldinos e descarados; mais que isso, felizes, indubitavelmente felizes dentro de si mesmas. Eis a visão estereotipada da qual eu falava, mas ela me serve aqui pois vou falar, não de ciganas, mas da Sorte.


Você acredita em adivinhação de Sorte? Ora, eu sim! Embora também acredite que adivinhos verdadeiros não cobrem muito mais que um olhar sincero. Penso que muito belo deve ser o ofício de saber o que ocorrerá com o outro; um contrato mudo e nada mais; uma troca de olhares, uma percepção mil; está feito. Embora as palavras não sejam enlaçadas pelos três destinos, elas foram proferidas e inegavelmente irão conduzir a vida do ouvinte; sempre.

A Sorte é instrumento complexo, mas como sabem, ela nunca esteve e jamais estará em nossas mãos, entretanto existe algo que controlamos e que pode sim dar uma reviravolta visceral nesse elemento primordial: as palavras. Dentre todos os elementos que amarram o ser humano, a palavra é a única corrente solta, livre, tão livre; e se a palavra é tão libertina, é porque foi criada pelo homem, nunca pela natureza; e ela apenas permitiu a existência da palavra, talvez por pena. Há de alertar, portanto, que aquele que se lança no caminho da Sorte deve escolher bem suas palavras.

Existem pessoas que, entretanto, não vêem limites para suas palavras, e esses são nós, escritores, artistas, verdadeiros gigolôs do vocabulário; lançando mão de nossas palavras, explorando o mais profundo poço de delírio, cada psicose, cada gota de mel e cada veneno; nós, meu amigo(a), somos todos grandes libertários, grandes ignorantes - preços não nos compram - mexemos com fogo, usamos nossa corrente solta para açoitar as outras correntes; sádicos, sim. E por isso nos submetemos à Sorte e ao preço equivalente de nossa expressão; palavras são caras.

Não, não me entenda mal, não estou fazendo um discurso controlador, mas sim, um discurso de pura fantasia; recomendo sim que usem suas correntes soltas; aliás, é isso que falta ao mundo. A sociedade já usou as palavras para machucar demais a si mesma, basta. Ei de notar o quanto o delírio nos é precioso e, por isso, vai ver o quanto o mundo precisa que voltemos a sonhar. Quando uma de nossas amarras se soltou, usávamos ela para se entrelaçar entre outras cordas do destino e assim, sonhávamos com mais frequência, sonhos lindos. As Moiras nos amavam, estávamos no ventre delas.

Sim, escrever é transgressão e sim, há um preço a ser pago, mas nem todo preço é ruim; alguns preços nos dão frutos vitais; um exemplo: nós seres vivos sabemos muito bem que oxigênio é um gás absolutamente tóxico, mas preferimos usá-lo mesmo assim, sob a certeza de perecermos oxidados ao fim da vida, mas com igual sabedoria de que, com mais energia, faremos nossa curta vida valer a pena.

Há ainda aqueles que lançam suas correntes sobre si mesmos; mas me diga, senhor(a), o que você pensa sobre ler a própria Sorte? Acha prudente? Ler e ser o próprio destino? Ei-la.


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Diretamente do baú de posts não utilizados de um certo alguém...



Amigos... o que muda é você!


Como é costume, sempre que o povo se reúne na famigerada Trattoria Nona Maria, pérolas se formam! Essa tradição se perpetua há, vejamos, 3 anos! E como somos grandessíssimos falastrões, sempre prometemos a nós mesmos incumbências absolutamente improváveis, mas vá, valem a pena!

Já disse, vivemos de sonhos, então nada mais justo que sonhar em conjunto! Se eu quero sonhar sozinho eu puxo um ronco no sofá, correto? rsrs

Sim, esse post será um review da noite anterior! E por ser tão pessoal, vai ter outro mais tarde com um tema mais plural.

Ei-la:

Pois veja você, a noite passada foi especial, sendo nós as meras poeirinhas incômodas, diminutas (mas limpinhas), penetramos na grande concha que é a Trattoria (com trocadilhos, por favor). Ali dentro, assim como um grão de areia faz a uma ostra, incomodamos a todos; falamos alto mesmo, gritamos bastante, damos "gaitadas", afinamos nossas cordas vocais e enchemos nossos respectivos buchos de pizza e sonhos! Ofícios de amigos, afinal, estamos pagando!

Montagem porca by me ;D
A noite de ontem, no entanto, foi muito mais que isso, foi quase orgástica (como diria nosso querido caolho do Caçador de Pipas: Ooohhh!); pela primeira vez em anos, eu cumpri uma parte das nossas programações típicas: desta vez eu levei mesmo algo para anotar as pérolas da noite! De início, claro, foram anotadas algumas besteiras, mas o plano se mostrou tão fajuto quanto nossas idéias de juntar dinheiro para viajar para a Europa, e o pior nisso tudo é que temos a mafiosa esperança de realmente prosseguir tentando tirar esse sonho do papel: vai se realizar!

Uma hora depois das primeiras frases serem depositadas no bloquinho de anotar telefones da minha mãe (rsrs), ele logo foi deixado de lado: haviam coisas mais urgentes a tratar! Temas como "o nosso tempo" foram recorrentes, afinal, somos grandes velhos em corpos de jovens e, com isso, esperamos ter uma aposentadoria mais bem vivida: com cabeça de jovem e corpo de velho! Faz sentido, não? Dãã, não mesmo! Mas somos adolescentes, temos o direito de sermos incoerentes!

E abusando do nosso direito de incoerência, falamos de boemia, mesmo sendo grandes vadios nesse aspecto (eu principalmente). No fim, nos comprometemos a fazer algumas coisas: assistir filmes, continuarmos nos encontrando e, veja só, iniciamos (em estado pré-contemplativo) a idéia de passar um final de semana na praia, mesmo que agora seja inverno. Isso afora os planos antigos, não? Viajar, viajar, viajar! Mas será o porco salame frito, como somos filhadaputinhas!!  rsrs

Faz parte do ofício de ser areia de ostra: as pérolas surgem, mas nunca se sabe se elas vão sair da concha; será que queremos sair dela? Não sei, acho que minhas amigas também não!

Sem mais delongas, eis as pérolas da noite:
  1. 19 é mais sonoro; porque? Ah, é que os 20 doem na alma!
  2. A Trattoria tem apoio acústico! Pra absorver o som, sabe?
  3. Nós não estamos "vegetando", estamos produzindo valores morais!
  4. Ninguém sente dor como os poetas (apesar de essa ser velha, serviu!)
  5. Pai Nosso dói mais porque a bolinha é maior!
  6. Cinema 4D, o Jack ensinando a Rose a cuspir no Titanic, você vendo o filme e de repente... Na sua testa!
  7. A Coca Twist já foi demonstrada antes, vejam acima! rsrs
Eis, no entanto, a rainha que ganhou o prêmio Kinder para pérolas Trattorísticas da noite; é de uma sensibilidade e geniosidade tal, que merecia, sei lá, um ingresso para a Academia Brasileira de Letras (não que isso signifique grandes merda, mas ok, disfarça...). Deliciem-se:

"Filme pornô de vegetariano é a fecundação da Soja!"
"Oh" da Amélie Poulain proibido, "não-oh!" da soja, ebaa!
Para uma visão mais aprofundada (e bem escrita! rsrs) da noite citada, leia o post "Domingo" do blog Inevitável Psicose.

domingo, 18 de julho de 2010

Madeleine Peyroux e seus encantos

Bom, eu estou cozinhando essa cantora há um bom tempo, para não dizer anos; a verdade é que hoje venho aqui fazer uma recomendação que, tenha certeza, é das mais refinadas possíveis!

Não sei se você teve conhecimento, mas houveram shows da Madeleine Peyroux no Brasil no mês passado e fica aqui minha total e completa recomendação, mesmo que póstuma à passada da diva por aqui!

Mas quem seria Madeleine Peyroux? Ela é uma cantora norte-americana, criada na França; iniciou sua carreira musical com apenas 15 aninhos nas ruas de Paris e tem como referências os trabalhos de: Billie Holiday, Bessie Smith, Patsy Cline e Édith Piaf.

Puff, só por isso ela já seria digna de respeito, né? rsrs 


Seu primeiro álbum teve estréia em 1996 e se chama "Dreamland"; aqui já fica claro (para quem saca o assunto) que se trata de uma mulher com tendência musical fortíssima para o antigo jazz e blues (talvez com uma pitadinha de soul, para animar!).

Depois de lançar seu primeiro álbum, Madeleine teve sérias complicações vocais e terminou se ausentando por um tempo dos palcos. Tempos depois, talvez por timidez, voltou a cantar nas ruas usando pseudônimos e daí a se sentir apta a uma nova empreitada segura se passaram 8 anos.

Em 2004 retornou sua carreira profissional com influências extras que deram absurdamente certo: agora, ela faz uma mistura peculiar de jazz, blues, folk e música francesa, rendendo-lhe um som que os nossos ouvidos simplesmente não conseguem resistir!

Quanto à vinda dela para cá, não é a primeira vez que a musa passa pelo Brasil, e, inclusive, ela visitou o Programa do Jô na sua primeira vinda, ocasião em que demonstrou totalmente sua educadíssima e refinada simpatia, sempre sorrindo e brincando, tudo com muita elegância e usando sua já consagrada voz suave e pacífica que contrasta com a imagem de mulherão que ela tem.

Então, cidadão(ã)! Essa diva da boa música passou pelo Brasil para divulgar o novo trabalho: Bara Bones; e pintou em 4 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre. Para a minha infelicidade, eu não pude comparecer a nenhum dos concertos, mas vá, ela vai voltar, tenho fé em Oxum! rsrs

Este é um post mais geralista, vim só apresentar a artista a você, mas pretendo fazer uma review do álbum Bara Bones assim que eu conseguir botar as mãos em uma cópia! Por hora, recomendo aos interessados ouvir algumas músicas clássicas dela, como por exemplo: 

  1. Lonesome Road 
  2. Smile
  3. I'm All Right

E é isso, fica minha super dica para uma experiência de diversão, boa música e jazz num estilo bem francês. Espero que seja útil para alguém =D

Uma Nota Rápida:

Terminei o post introdutório que fala sobre o blog de forma geral; o postei ontem (lembra que prometi um novo post depois da tirinha?), mas como ele foi datado do dia 14, foi para os posts antigos (exatamente como eu queria! HOHOHO)

Já existe um botão novo na sidebar ao lado que o leva até esse post, mas ainda vou reformular o design dele!

Para quem quiser conferir, o post em questão é este

Hoje mais de noitinha tem post novo!  =D.

sábado, 17 de julho de 2010

Diretamente das Frases da Noite de Ontem...

Ok, eu sei que isso é uma piada interna e muita gente não vai entender, então eu volto mais tarde para fazer um post que preste!

Ana, essa é pra ti:


Perdi 4 horas fazendo isso, então RIA!  ¬¬

hudauhshuashuahuhsuahu

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O lado ruim de ser meio Amélie Poulain

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain ou, se preferirem, "Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain" é um filme dirigido e escrito por Jean Pierre Jeunet e trata-se de uma obra muito comentada desde seu lançamento, no ano de 2001. Não entrando nos méritos críticos do filme, já que este post vai seguir outro rumo, sugiro que, ou o assistam (recomendável!) ou leiam meu pequeno resumo (BEM resumido) sobre o estilo pessoal de Amélie:
Amélie Poulain é uma moça simples e possui o que, na visão da maioria das pessoas, seria pacata, mas em minha opinião, ela tem uma vida milhões de vezes mais emocionante que a vida dos caçadores de aventura mais ousados! Bem, como conta a história, Amélie encontra nas coisas simples da vida uma felicidade que normalmente as pessoas não vêem. Você sabe: atirar pedras no poço d'agua ou enterrar a mão bem fundo num saco de grãos; se fazer perguntas sem sentido, quebrar a casquinha do cream broulet... Seu lado Amélie!

Uma vez que fique claro o quanto é positivo se parecer com essa magnífica personagem e sabendo que todos temos um lado meio Amélie Poulain, eu vou falar sobre minhas experiências como praticante do "Amélie Poulin lifestyle".

Algo que aprendi logo de cara: se você começa a externar quem você realmente é, as pessoas simplesmente começam a te julgar; até aí, tudo óbvio. O porém veio depois, já que ali estava eu, livre de qualquer barreira, muito libertário, muito fancy e cheio de idéias muito legais sobre "O que eu amo fazer".

Para que saiba, eu gosto de várias coisas: gosto de ficar tristonho enquanto ouço piano, gosto de sentir o ritmo da música no meu corpo e me mover com ele! Gosto de chocolate meio amargo; já gostei de morangos, agora parecem sem graça... Aprendi a gostar de creme de leite na gelatina! Gosto de sentir frio nos dedos, mas não gosto de sentir frio nos pés! Gosto de ser alto, gosto do som de estalos das máquinas de escrever!

Gosto de andar descalço, mesmo no piso; gosto de tentar entender coisas que ninguém mais entende, de decifrar a cabeça das pessoas, de provocar meus amigos para ver a reação deles (eu guardo na memória cada expressão!). Gosto do modo como eu lembro de coisas que ninguém mais se lembra, do modo como esqueço todo o resto que é importante, de fazer a primeira dobra numa apostila de folhas grampeadas! Gosto de usar grampeadores e furadores de papel! Não gosto de removedores de grampos... Gosto de orquestras! E de piadas bobas! Gosto de coisinhas maliciosas também! Gosto de falar sobre os outros, mas bem tento ver o lado bom de todo mundo antes de tudo. Gosto de me iludir. Gosto de sonhar, manipular, cair, levantar, comer, brigar, amar, viver:

Me gosto!

E que mal há nisso? Ora, se há alguém que possa fazer algo que você mesmo se delimitou a não fazer, qual sua reação? Você se ressentirá com essa pessoa!

"Como você ousa ser tão livre? Eu não consigo ser assim, vou acabar contigo!"

Oh, eu?  o_o´

"Sim, você!"

Amélie Poulain
by
 Jana Magalhães
Oh My Gaga! E o lado ruim de ser Amélie Poulain é suficiente para fazer qualquer um querer desistir de tudo; que fique claro, o lado ruim de ser você mesmo é que você fere a todo aquele que, em sua infantilidade, se restringiu a prazeres ditados por outros. Ok, há quem se divirta com bebida, mas hei, não acha meio improvável que 90% da humanidade se divirta do mesmo modo? Se seguirmos essa linha de concordância: então as pessoas eram infelizes antes do álcool? E antes das baladas? E quando namorar era algo obsceno?

Não, não quero prazeres dados pelos outros, quero inventar os meus próprios prazeres; para isso, sei que vou nadar contra a maré, mas sei também que, caso eu faça isso, vai ser, literalmente, uma puta falta de sacanagem! E os outros? Eles vão achar uma puta sacanagem (e para isso já se tem a Rua Augusta, daí...).

    quarta-feira, 14 de julho de 2010

    Oops - Clap!

    Porque "Clap"? Bem, Clap é bonitinho de falar;
    Digo mais, é uma palavra super cool e que pode facilmente ser transformada em coisas boas e coisas ruins; veja:

    Clap + Clap = aplausos!  =D
    Clap - C + so = lapso!  o_o''
      Versatilidade é algo bacana, por isso esse é o nome do blog, beleza?

      Image by Billie 
      O Tema:

      Esse é um blog para falar de coisas boas! E veja bem, falar coisas boas, para esse autor aqui, é falar de esquisitices ou coisas de jovem; coisas como vampiros, um pouco de games, patinhos de borracha, alguns livros (porque todo mundo merece uma culturazinha) e, claro, música!

      Coisas de velho também são bem-vindas! Mulheres na era vitoriana eram lindas e já adianto: tenho uma queda quase que total por bugigangas velhas, então não se surpreenda se encontrar por aí algum post sobre uma música medieval que eu curti! Aí você decide se mete o cacete em mim ou se deixa baixo! Muito democrático, não?

      Hããã....Não!  ¬¬

      Enfim, de forma resumida: esse é um blog de sugestões; eu sugiro um assunto e convido você a participar dele! Para isso servem os comentários e, claro, o Twitter!

      No entanto, vou mais além, já que sou humano: esse blog também é orgânico, ou seja, você vai sim, encontrar muita coisa sobre mim nele e, mais importante, as vezes vai se deparar com piadas que não vai entender, mas vamos, com o tempo nós teremos nossas próprias internas (vamos torcer para isso!).

      Para esse blog, pensei em um sistema que, penso eu, a maioria das pessoas, se não conhece, vai conhecer: Hashtags!

      Hashtags são expressões que se popularizaram no nosso querido Twitter (aliás, que tal dar uma checada nas besteiras que eu falo nas horas vagas?); basicamente, toda palavra seguida do sinal # é uma hashtag! Elas servem para juntar todos os "twitts" que as usaram numa página só; simplificando: é uma pesquisa que você mesmo cria e constrói com ajuda de outros que comentaram sobre a mesma coisa!  =D

      E o que isso tem a ver com o blog?

      Image by Billie
      Tudo! Isso porque eu sou um apaixonado pelo Twitter e o blog vai ser dividido em três nichos principais (hashtags!  =D). Pra que serve? Simples, porque assim você pode sacar o clima do post antes de mergulhar nele! Crio isso para facilitar a vida de quem gosta de acompanhar o blog; enfim, as tags usadas são as mesmas que eu uso de forma pessoal no meu twitter (quem sebe agora, com a explicação, alguem entenda essa minha maluquice!  rsrs):

      • #shine: sempre que você ver essa hashtag no título do post, pode ter certeza, é sobre música que eu vou falar!
      • #fancy: aqui eu falo sobre variedades, coisas legais/divertidas/bobas/felizes. Coisas sérias também! Crônicas, lá vou eu!
      • #HeBop: ok, aqui a parada é comigo mesmo; coisas mais pessoais, mas que eu convido você para ler! Quem sabe você não se identifica? Quem sabe não me ajuda a sair da encrenca em que eu me meti? E que tal se eu te ajudar a sair da sua encrenca? Quando estamos no buraco, vale até dançar o crew para sair, ritgh? Bem, na verdade não, mas...