#4 - Não combine de fazer trabalhos em grupo com os amigos;
Sejamos francos, isso não dá certo, desculpem quem perde tempo fazendo-o, mas é regra: reuniu a galera, sai chá das 5.
"Ah, mas agente veio para estudar e..."
Epa! Corta aí; nem você mesmo(a) acredita que está indo se encontrar com seus amigos para estudar. No mais, o próprio ato de estudar só consegue ser produtivo quando se faz em solo; é questão de lógica, se você está sozinho, vai focar na compreensão do assunto e vai gerar seus próprios pareceres sobre o mesmo; ninguém aprende nada ouvindo as conclusões imediatas dos outros; quando muito, você pode tirar o princípio de sua própria compreensão da idéia dos outros; de qualquer forma, estudo é uma tarefa solitária, então, mesmo que vocês (o grupo) realmente estudem, vai ser como se estivessem sozinhos em suas casas. Que me perdoem os espaços abertos das bibliotecas, mas não funciona.
Quer uma sugestão? Faça o clássico: divida as tarefas de um trabalho e cada um que se vire com o possível.
Se você for do tipo perfeccionista, pegue a tarefa de organizar tudo e cate para si a menor - a mais ridícula e irrisória mesmo - parte do trabalho; acredite, por mais que pareça injusto, você sempre vai ter que praticamente reescrever tudo o que os outros fizeram; no fim, você trabalhará mais.
Caso você seja uma pessoa que gosta de fazer a sua parte e "se livrar", pegue logo o tema mais extenso possível; isso vai ser a maior mão na roda que você poderá fazer pelo seu grupo, uma vez que os outros (que são mais preocupados que você) estarão ansiosos demais para dar conta de uma parte tão grande da matéria (até porque provavelmente você não vai se mexer para montar slides/textos/achar vídeos, fazer a correção geral e cuidar da estética e coerência, correto?). Mas um detalhe: sente na cadeira e faça a sua parte! Pense que, quanto melhor você fazer a sua parte, mais tranquilo será o desenvolvimento do trabalho para todos, inclusive para você! Afinal, um grupo tem tendência a discutir, mas se a maior parcela do trabalho for bem feita, desentendimentos quase nunca ocorrerão.
Por fim: trabalhos podem muito bem ser feitos de última hora, desde que haja vontade e cooperação; eu em particular não consigo fazer um trabalho com antecedência, mas quando sento para fazê-lo, não saio da cadeira enquanto não o termino.
Ah, em tempo: sempre haverá os espertinhos que "trabalham" ou que "tem o cursinho" ou que "tem que ajudar a mãe"/"tem compromisso"/estiveram "muito ocupados". Eu vou frisar bem essa parte: não tenha dó dessas pessoas; veja se você concorda comigo:
Uma pessoa que ajuda seus pais, que trabalha ou tem capacidade para manter dois cursos ao mesmo tempo pode, minimamente, cumprir com suas responsabilidades, já que, presume-se, ela tem um tiquinho a mais de responsabilidade que você (que é apenas um estudante!). Se a pessoa está usando sua "tarefa extra" como desculpas para lagartear um compromisso, é mais que a hora de olhar nos olhos dessa pessoa e dizer "então, escolhe o que é mais importante para você; dependendo de sua resposta, você nem precisa fazer o trabalho... Trabalho esse que não levará seu nome, claro."
Porque da "crueldade"? Porque capacidade de compreensão tem tamanho: a minha é do tamanho de um alfinete.
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